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Em 2013, cometa encontrado por acaso poderá ser visto a olho nu

Astrônomos tropeçaram no intruso gelado, quando procuravam por asteróides potencialmente perigosos.

Foto: Henry Hsieh, PS1
Flecha indica o recém-descoberto cometa C/2011 L4


Equipados com a maior câmera digital do mundo – 1400000 megapixels – a equipe da Universidade do Havaí conseguiu uma imagem do estranho objeto que está atualmente a mais de 1,1 bilhão de quilômetros de distância, entre as órbitas de Júpiter e Saturno. “Quase tudo que encontramos eram asteróides, mas esse objeto era suspeito”, disse Richard Wainscoat, codescobridor do cometa e astrônomo da Universidade do Havaí. “Diferente de asteróides que são parecidos com pontos nas imagens o sinal enxerido que mostrou sua cara era bagunçado”, completou.

Em março de 2013 o cometa, chamado C/2011 L4 (PANSTARRS), deve estar há 48 milhões de quilômetros do Sol – mais perto até do que Mércurio, o planeta mais próximo dele no sistema solar. Quanto mais perto o C/2011 L4 estiver do Sol, mais do seu gelo se transformará em vapor adicionando material ao seu envelope de gás e poeira e produzindo assim a tão conhecida cauda de cometa. Com esse envelope, o cometa deve chegar ao seu brilho máximo, tornando-o possivelmente visível ao olho nu abaixo do horizonte logo após o pôr-do-sol.

Embora não haja perigo de colisão com a Terra, cálculos preliminares da órbita do cometam, mostram que esta deve ser sua primeira e última visita ao Sistema Solar. “Essa deve ser a primeira e última volta ao redor do Sol, somente para ser impulsionado para fora do Sistema Solar para nunca mais retornar”, afirmou Wainscoat. “Não temos muitos dados sobre isso. Não conhecemos atualmente a órbita dele suficiententemente bem. Será preciso mais dois meses de observações para descobrirmos”., completou ele.

Astrônomos acreditam que C/2011 L4 pode ser um fugitivo da nuvem Oort, um reservatório de bilhões de cometas que estão hibernando em suas órbitas 100.000 vezes mais distantes que a distância da Terra e do Sol. “O caminho atual deste cometa é típico daqueles originários da nuvem Oort. Ele está vindo do Sul – por baixo da Terra – em direção a parte de trás do Sol, em direção ao Norte do céu, muito próximo perpendicularmente ao plano do Sistema Solar”, explicou Wainscoat. O fato de ele estar indo para parte de trás do Sol, deve afetar a visibilidade do ponto de vista da Terra, mas tudo vai depender de quão perto o cometa chegar perto do Sol. “Acreditamos que será fácil vê-lo com um binóculo, mas é bem possível que seja possível avistá-lo a olho nu e talvez ainda durante o dia”, afirmou Wainscoat. “É, porém, muito cedo para afirmar alguma coisa. Talvez não saibamos com certeza o que irá acontecer até algumas semanas antes de ele chegar aqui”.

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