As chances de se descobrir vida fora da Terra são maiores do que nunca, segundo afirma Martin Rees, o principal astrônomo britânico e presidente da Royal Society, a academia de ciências da Grã-Bretanha.
A Royal Society organiza a partir desta segunda-feira em Londres uma conferência com pesquisadores de várias partes do mundo para discutir as perspectivas de se encontrar formas de vida extraterrestres.Segundo Rees, que em 1995 foi agraciado com o título de Astrônomo Real, uma descoberta como essa poderia representar um momento de mudança para a humanidade, alterando nossa visão de nós mesmos e de nosso lugar no cosmos.
Cientistas de todo mundo vêm analisando sinais do espaço em busca de emissões de ondas de rádio transmitidas por seres inteligentes fora da Terra, mas tudo o que conseguiram captar até hoje foi estática.
Para Rees, porém, o avanço tecnológico torna maior do que nunca a possibilidade de que essa busca se mostre frutífera.
“A tecnologia avançou tanto que pela primeira vez nós podemos realmente ter a esperança realista de detectar planetas não maiores do que a Terra orbitando outras estrelas”, diz Rees.
“Poderemos saber se eles têm continentes e oceanos, descobrir que tipo de atmosfera têm. Apesar de ser um longo passo para sermos capaz de descobrir sobre qualquer forma de vida nesses planetas, é um progresso tremendo ser capaz de ter algum tipo de imagem de outro planeta, semelhante à Terra, orbitando outra estrela”, observa.
Segundo ele, o envio ao espaço de telescópios capazes de detectar planetas semelhantes à Terra no entorno de estrelas distantes agora torna possível concentrar mais os esforços de busca.
“Se encontrássemos vida, mesmo a forma mais simples de vida, em outros lugares, isso seria claramente uma das maiores descobertas do século 21”, diz Rees.
“Desconfio que pode haver vida e inteligência lá fora em formas que não podemos imaginar. E poderia, claro, haver formas de inteligência aquém da capacidade humana, mais avançada do que somos avançados em relação a um chimpanzé”, afirma.
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