Registrar os efeitos da luz durante o pôr do Sol ou da Lua é uma atividade bastante prazerosa e instrutiva e que pode ser feita com poucos recursos. No entanto, alguns fenômenos óticos são bastante raros e para serem registrados é preciso estar no lugar certo, na hora certa.
Clique para ampliar O deserto do Atacama, no Chile, é um desses lugares. Ali, a 2600 metros de altura ergue-se a montanha Cerro Paranal, local de instalação do grande telescópio VLT, pertencente ao Observatório do Sul Europeu, ESO. No topo da montanha, as condições atmosféricas são tão excepcionais que eventos muito rápidos podem ser observados quase que diariamente, como é o caso do flash verde que ocorre durante o nascer ou pôr-do-Sol.
Apesar de ser um evento fugaz, o registro desse tipo de luz é relativamente corriqueiro naquela região do planeta, o que fez o astrofotógrafo alemão Gerhard Hudepohl tentar registrar um fenômeno muito mais raro: o flash verde da alvorada lunar.
Hudepohl aguardou e se preparou durante diversos dias até que as condições atmosféricas e a presença da grande Lua Cheia junto ao horizonte permitiram que o fenômeno ocorresse. O resultado foi a melhor sequência já obtida desse tipo de efeito, observado quando o corpo da Lua estava surgindo sobre o horizonte de Paranal.
Da mesma forma que um gigantesco prisma, a atmosfera da Terra também refrata a luz solar, fazendo com que os raios de luz provenientes da Lua ou do Sol sejam curvados levemente para baixo. Nesse processo, os comprimentos de onda mais curtos da luz são curvados mais fortemente que os mais longos, fazendo com que a porção de luz verde do espectro pareça estar vindo de uma posição mais alta que as componentes vermelha ou laranja. Esse efeito é mais pronunciado nas camadas mais baixas da atmosfera.
Quando esse efeito ocorre em conjunto com o fenômeno da miragem provocado pelo gradiente de temperatura na atmosfera, o resultado é um flash verde muito rápido que parece surgir no limbo superior do Sol ou da Lua, normalmente quando estão muito próximos ao horizonte.
Foto: Sequência de imagens obtidas por Gerhard Hudepohl, registrando o fenômeno do raio verde lunar. Crédito: ESO/Apolo11.com
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Apesar de ser um evento fugaz, o registro desse tipo de luz é relativamente corriqueiro naquela região do planeta, o que fez o astrofotógrafo alemão Gerhard Hudepohl tentar registrar um fenômeno muito mais raro: o flash verde da alvorada lunar.
Hudepohl aguardou e se preparou durante diversos dias até que as condições atmosféricas e a presença da grande Lua Cheia junto ao horizonte permitiram que o fenômeno ocorresse. O resultado foi a melhor sequência já obtida desse tipo de efeito, observado quando o corpo da Lua estava surgindo sobre o horizonte de Paranal.
Da mesma forma que um gigantesco prisma, a atmosfera da Terra também refrata a luz solar, fazendo com que os raios de luz provenientes da Lua ou do Sol sejam curvados levemente para baixo. Nesse processo, os comprimentos de onda mais curtos da luz são curvados mais fortemente que os mais longos, fazendo com que a porção de luz verde do espectro pareça estar vindo de uma posição mais alta que as componentes vermelha ou laranja. Esse efeito é mais pronunciado nas camadas mais baixas da atmosfera.
Quando esse efeito ocorre em conjunto com o fenômeno da miragem provocado pelo gradiente de temperatura na atmosfera, o resultado é um flash verde muito rápido que parece surgir no limbo superior do Sol ou da Lua, normalmente quando estão muito próximos ao horizonte.
Foto: Sequência de imagens obtidas por Gerhard Hudepohl, registrando o fenômeno do raio verde lunar. Crédito: ESO/Apolo11.com
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