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Descoberto novo tipo de supernova

A "nova supernova" é dez vezes mais brilhante do que as supernovas já conhecidas, 100 bilhões de vezes mais luminosa do que o Sol e se expande a 10.000 km por segundo.[Imagem: Quimby et al./Nature]


Azul, brilhante e muito estranha.

Assim é um novo tipo de explosão estelar que poderá ajudar os cientistas a entender melhor os processos de formação de estrelas, de galáxias e do próprio Universo em sua infância.


Trata-se de uma nova classe de supernova, a explosão de uma estrela maciça em seu estágio mais avançado de evolução.


Supernova sem hidrogênio


A "nova supernova" é dez vezes mais brilhante do que a do tipo Ia, a mais conhecida, e 100 bilhões de vezes mais luminosa do que o Sol.


Em todas as supernovas já identificadas, a radiação eletromagnética observada deriva do decaimento radioativo de novos elementos sintetizados, do calor depositado ou da interação entre os dejetos e o meio rico em hidrogênio que se move lentamente após a explosão.

A novidade é que nenhum desses processos serve para o tipo de supernova descoberto por Robert Quimby e seus colegas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.

"Estamos diante de uma nova classe de supernova, até então desconhecida", disse ele.

Quentes e duráveis


O grupo identificou duas supernovas que pertencem à nova classe, que receberam os nomes de SN 2005ap e SCP 06F6, a primeira localizada a 3 bilhões de anos-luz da Terra e a segunda a 8 bilhões.

Elas são superluminosas, mas não apresentam traços de hidrogênio.

Além disso, emitem fluxos consideráveis de radiação ultravioleta durante períodos longos de tempo.

As supernovas identificadas como pertencentes à nova classe são também muito quentes (de 10.000 a 20.000 Kelvin), expandem-se a cerca de 10.000 quilômetros por segundo e levam em torno de 50 dias para desaparecer - mais do que as outras supernovas conhecidas.


Segundo os cientistas, os eventos de longo prazo iluminados por ultravioleta, que deixam claro todo o entorno da supernova, representam uma oportunidade excepcional para usar espectroscopia de alta resolução com o objetivo de investigar regiões formadoras de estrelas ou de galáxias primitivas.



Bibliografia:

Hydrogen-poor superluminous stellar explosions

R. M. Quimby, S. R. Kulkarni, M. M. Kasliwal, A. Gal-Yam, I. Arcavi, M. Sullivan, P. Nugent, R. Thomas, D. A. Howell, E. Nakar, L. Bildsten, C. Theissen, N. M. Law, R. Dekany, G. Rahmer, D. Hale, R. Smith, E. O. Ofek, J. Zolkower, V. Velur, R. Walters, J. Henning, K. Bui, D. McKenna, D. Poznanski, S. B. Cenko, D. Levitan

Nature

08 June 2011

Vol.: Published online

DOI: 10.1038/nature10095

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