
Os dois novos aglomerados, intitulados de VVV CL001 e VVV CL002, estão entre os mais próximos do núcleo da Via Láctea já descobertos, uma região escondida por nuvens de gás e poeira que bloqueiam boa parte da luz visível.O grupo que fez a descoberta conta com alguns astrônomos brasileiros, como o Prof. Marcio Catelan e o pós-doutor Roberto Saito, ambos da PUC-Santiago.
Para fazer a descoberta, os astrônomos recorreram aos olhos infravermelhos do Vista - capazes de enxergar o calor dos objetos - e puderam detectar os aglomerados através das áreas obscurecidas pela poeira interstelar.De acordo com a astrônoma brasileira Duilia de Mello, que trabalha na Nasa (a agência especial norte-americana), a descoberta destes aglomerados globulares tem consequências importantes para o entendimento da formação e evolução da nossa galáxia.
“Os aglomerados globulares são objetos antigos, que contém estrelas muito velhas formadas nos primórdios do universo. Estudando objetos deste tipo nos ajuda a entender como as estrelas evoluem”, explica a astrônoma. Os cientistas responsáveis pela descoberta também suspeitam que o recém-achado VVV CL001 esteja ligado gravitacionalmente à um outro aglomerado já conhecido, o UKS 1, tornando estes dois grupos os primeiros aglomerados “binários” da nossa galáxia.
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